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29 março, 2008

Sobre a Pena de Morte...

Não há como negar que no nosso país ainda exista a incerteza de que a pena de morte irá solucionar em grande porcentagem a criminalidade atual, entretanto o pensamento da sociedade se revela na idéia única de que um marginal passará a pensar antes de cometer um crime ou delito, pois a pena, dependendo do caso, pode não ser simplesmente ficar detido em alguma cadeia brasileira.
As autoridades também passariam a ter maior importância no sentido de julgar um indivíduo a ser condenado a morte. Independente do caso. O que for sentenciado será muito observado, comentado e terá conseqüências diferentes das atuais e simples penas em regime fechado. Juízes, promotores, advogados e profissionais envolvidos terão um volume de trabalho provavelmente maior e serão mais visados.
Analisando mais profundamente, conclui-se que existem prós e contras à Pena de morte no Brasil. Por lei, somente é permitida a execução quando há traição militar em guerra declarada com outro país. Entretanto, ao estudarmos o caso da China e dos E.U.A. enxerga-se através de estatísticas que, na China a violência aumentou e os americanos também não tiveram sucesso ao tentar reduzir os crimes, pois grande parte dos criminosos não dá muita importância para a conseqüência de seus atos e há casos em que não têm absolutamente nada a perder cometendo qualquer infração.
O caso é que o sistema brasileiro teria de buscar uma ótima justificativa para deixar claro que a eliminação de criminosos julgados e condenados traria segurança, redução significativa de delinqüência entre a sociedade e uma diminuição de alguns medos que a nação atualmente sofre.
Por outro lado existe a real proposição de que, se caso for aprovada uma lei a favor da pena de morte para crimes hediondos, exista no início uma possível sensação de medo de um assassino, por exemplo, ao pensar em cometer o ato de tirar ou tentar tirar a vida de um cidadão.
Daí pode vir a surgir também a reviravolta no mundo do tráfico. Se a pena de morte fosse aplicada a traficantes começa-se a se fazer a pergunta: - o que aconteceria com os grandes e famosos como Fernandinho Beira Mar? Em um momento que se procura constantemente reduzir gastos, principalmente no que é de respeito público, começariam especulações sobre mais investimentos para os métodos para efetuar a pena de morte. Ainda mais em um país onde nunca houve legislação semelhante.

14 março, 2008

Texto contra-argumentativo

Uma simples comparação ou um possível duelo de mídias?

Texto contra-argumentativo do artigo: “A revolução será televisionada”


É muito fácil comentar sobre um barco que espera à encosta, parado, sem ninguém dentro e ainda mais se quem comenta pouco conhece ou nunca entrou no barco para realmente se certificar até onde ele pode levar alguém.
Opiniões negativas do tipo “-Esse barco não chegará muito longe” ou “-O mar é muito grande para esse barco” talvez sejam comuns vindas dos que não têm muita intimidade com navegação em alto-mar ou daqueles que se prendem à idéia de que a locomoção aérea ou por terra são mais seguras, eficazes e eficientes.
Entretanto, se pensarmos num tripulante dinâmico, com um bom conhecimento sobre tal assunto, senso de navegação e que não tenha receio de comandar este ou aquele tipo de barco, não haverá horizonte para sua viagem.
É assim que se pode visualizar um duelo ainda que pacífico entre os que defendem a tese de que o conteúdo da internet está estagnado. Não se pode afirmar tudo isso, sem ao menos conhecer a nível avançado, todos os recursos que existem para conhecer o mundo da web e até aonde ela pode nos levar.
O embate com um possível novo sistema de TV já é mais complexo. Possivelmente acontecerá sim a oportunidade do também novo telespectador ter toda a grade de programação televisiva em suas mãos, a seu comando, conteúdo gravado em DVD ou HD, para assistir quando quiser, selecionar e comprar quais preferir ou até mesmo compartilhar com um amigo que esteja em outra localidade.
Mas em que momento entra a interação de verdade do usuário? Ele precisa se comunicar instantaneamente. Vai conseguir pela TV? O que é mais dinâmico e apropriado que os escritórios virtuais online gratuitos? Pode-se montar uma empresa dentro da web 2.0.
Não só neste comparativo, mas em quase todos se pode afirmar que sempre vão existir vantagens e desvantagens, perdedores e ganhadores. Dos dois lados. Chega até ser uma checagem desnecessária se a nova TV vai dominar o mundo da mídia ou se a web resistirá até no que diz respeito a vídeos para o usuário.
O fato é que não é cabível descartar a hipótese de uma grande fusão desses dois meios de comunicação, mas de uma maneira vagarosa em que nenhuma das partes sofra alguma alteração em seus métodos de usabilidade.
Contudo, em termos de praticidade de interação e comunicação instantânea, a web ainda está na frente, mesmo tendo certas vezes os vídeos pequenos ou de má qualidade, como mencionado por Michael Hirschorn em seu artigo publicado no caderno mais! do jornal Folha de São Paulo do dia 09 de março de 2008.
É de fundamental importância que quem navega pela web conheça a ferramenta a fundo, pois não há limites, pelo menos por enquanto, para um bom navegador ter o mundo, mesmo que virtualmente, na palma de sua mão.

Narrativa do Poema Matita Perê

Trata-se de um conto sobre um sonho de liberdade. O lugar da história se passa nos campos brasileiros de senzala, em uma época antiga, de escravidão, sofrimento coletivo e constante desejo de liberdade dos escravos.
Era o grande desejo de João, personagem do poema que, como qualquer outro prisioneiro dos senhores de engenho na época, tinha a aspiração de sair da escravidão, viver num mundo novo, realizar o grande sonho.
Ele planejou fugir em uma madrugada. Estava não muito consciente dos riscos e perigos que ia enfrentar.
A sua tentativa de fuga para uma nova vida ia bem, caminhando pelos grandes campos de fazendas sem fim, até o escravo receber um alerta de que um "capitão do mato", de nome não definido, estava cavalgando à sua captura.
Com o medo de ser pego, o capataz o fez mudar seu caminho e assim passar a viver os perigos da natureza.
Como conseqüência dessa mudança de rumo, João traçou vários caminhos, sem nada a perder, pois já tinha uma idade não muito favorável para lutar contra os desafios da natureza, passando dias e noites só, se transformando em vítima da solidão e de sua própria ânsia de liberdade.
E com o passar dos dias em sua vida, mesmo estando longe da senzala, João acabou morrendo no meio do mato, mas sozinho, sem deixar alguém o pegar ou o punir, nem mesmo conseguindo desfrutar o grande sonho de viver livre.